Caros amigos!!!
Há quem diga que em caso de assalto, roubo ou qualquer outro tipo de violência, ao invés de se gritar “SOCORRO!!!!!” deve-se gritar: “ FOGO !!! FOGO !!! FOGO !!! E é exatamente isto o que deveria se aconselhar para a educação pública no Brasil.
A verdade é dura, mas no nosso país a educação é assaltada, espancada, estripada, degolada, estuprada e ainda obrigada a ouvir FUNK (só depois é que começam as atrocidades). Para muitos se configura um exagero dizer que a Educação pede socorro, mas para quem lida com isso no dia- a -dia, pedir socorro não é mais o suficiente. O nível educacional no Brasil tem piorado ano a ano, basta ver os resultados das avaliações internas e externas. A evasão das escolas de base até tem sido combatida com uma política paternalista (totalmente questionável), mas enfim, não podemos fazer aqui uma consideração mesquinha, pois sabemos que existem pessoas no país que não bastaria ensinar a pescar, pois não existem rios para todos... Porém, perceber que aquelas pessoas são um pouco mais esclarecidas aceitam a tudo isso apenas pelo fato de não ser atingida diretamente por estes problemas é realmente preocupante. Fica evidente o fato de o conforto econômico anestesia os sentidos e a criticidade das pessoas. O país avança por força alheia a sua vontade e mais pela pressão de alienígenas que, como gafanhotos, aos poucos estão devorando a nossa economia e os espaços deixados pela falta de profissionais nativos.( Voltamos à gorda na banheira).
Isto é de uma clareza inconteste. Estamos sendo sugados em nossas riquezas minerais e agrícolas. Agora está em curso a tomada do nosso setor de serviços. Nada contra essa invasão que seria ótima se tivéssemos um povo preparado educacionalmente e que assim pudesse crescer e se aproveitar do momentâneo crescimento e concretizá-lo como algo perene e não eventual e passageiro. Vivemos a falsa idéia de que o consumo promovido à base de "doações” via crédito ou outro viés, é um sinal de prosperidade e um crescer material constante. É uma herança maligna que, como metástase, se espalhou pelo corpo social da Nação. Passamos por um fenômeno de crescimento econômico, à custa da venda de nossa própria alma, e nossas riquezas mais caras, somos destituídos de nossos bens valiosos, empresas bilionárias, Rodovias, serviço de telefonia, energia elétrica etc. (AHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!! DESCULPA MAS NÃO CONSIGO PENSAR EM PRIVATIZAÇÕES SEM FICAR REVOLTADO!!!! - Privatizar → pagar para fazer algo + o governo vende a troco de banana + eles ganham c/ a concessão + os empresários ficam mais ricos – o povo, que fica cada vês mais fod... Na verdade a privatização pode ser considerada uma equação do segundo grau, pois admite dois resultados possíveis sendo que no primeiro, o governo e quem compra ganham muito, quem pagou com impostos para a realização perde o dinheiro investido e ainda paga utilizar os serviços. E fica = IDIOTA. Não é para ficar PUTO!!)
O mercado da tecnologia que hoje recebe cerca de 40% dos investimentos mundiais não pode expandir no Brasil em razão da baixa, e praticamente desqualificada, formação dos nossos estudantes e profissionais. Dos muitos segmentos da área, alguns poucos apresentam razoável desenvolvimento em nosso país. Há incipiente investimento e estímulo nesse campo da tecnologia e isso reflete na escolha dos jovens que mal chegam aos 10% de formandos para esse setor. A China, salvo engano de informação, tem no exterior cerca de 700 mil engenheiros fazendo pós-graduação. De todo o fluxo de exportações tecnológicas do mundo atual o Brasil participa com menos de 1% deste montante. Somos Gigantes Pela Própria Natureza, Dependentes da Natureza, pois as únicas coisas que exportamos são produtos primários. E
honestamente, com todos estes investimentos na educação básica, não é possível vislumbrar uma melhora acentuada para os próximos anos.
Há um engano que é repassado quase todos os dias para o povo brasileiro. Consiste, pelos dados econômicos alardeados, que o Brasil já tem sua economia consolidada e são apresentados resultados de consumo financiado em prestações sangradas na fonte dos salários. A isso se soma vinda de investimentos especulativos dos que vem até aqui buscar o dinheiro fácil ante os juros pagos. Adiciona-se entrada de dólares pelas vendas das commodities que são representativas não pelo aumento de produção e venda, mas de preços. Inclui-se o crescimento na indústria que na verdade é recuperação da crise de 2008. Festeja-se o aumento do emprego formal que foi consistente ante o aumento da fiscalização e da necessidade do empresário registrar seus empregados para obtenção de financiamento e ainda a falsa idéia de que construindo universidades se resolve o problema da educação, da formação profissional.
O ministro da Educação é incompetente e disto não restam dúvidas. Tenho a impressão de foi escolhido a dedo, pois educação de qualidade não interessa a ninguém. Não houve avanço na Educação que se possa considerar homogêneo, planejado, definido e com metas plausíveis e de eficaz concretização. A única grande inovação, se assim podemos dizer em razão de que o Enem vem de há muito, foi a avaliação aplicada por esse sistema como forma de acesso às universidades federais. Transformaram essa possibilidade de acesso em um emaranhado de confusões e erros que mostram realisticamente a quem está entregue a direção da Educação brasileira, ao circo da incompetência. E os estudantes no Brasil continuam entrando e saindo das universidades ao som das ferraduras. É visível que a ociosidade de vagas nas instituições superiores públicas e privadas é um clássico sinal de que, mesmo com Prouni, o caminho é muito curto na vida universitária. A carência do saber não permite acompanhar e entender os enunciados acadêmicos e a frustração impede a realização do sonho do conhecimento.
De quem é a responsabilidade desse rosário de falhas e falta de comprometimento com a educação? Todos sabemos, mas nada fazemos. Aceitamos passivamente a continuidade do incompetente a frente do Ministério que é a alma da formação de uma Nação. Onde estão os letrados do Brasil que nada manifestam? Os próprios reitores que se dizem representantes da população universitária, onde estão? E os alunos que aceitam tudo?
Mas não se preocupem... Parafraseando a Professora Amanda Gurgel: Coloquem-me em uma sala de aula com 55 alunos, sem recursos e um giz, e vocês querem que salve a educação??? Ok posso pedir ao menos um bat-cinto de utilidades ou uma capa vermelha???